sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Já agradeci pela minha inteligência hoje?

Hoje de manhã, falando com a Karina no Google Talk, lembrei de uma história engraçada. Bom, só vai achar engraçada quem for capaz de rir da desgraça alheia. Quem não curte essas coisas, pode parar por aqui.

Enfim, lembrei da história de uma menina chamada Lória, uma amiga cearense que minha prima tinha lá por 2002 ou algo assim. A história da menina parece Nelson Rodrigues para adolescentes...
Lória morava numa vila no Ceará e, por alguma obra do destino, conheceu Paulo, um empresário portoalegrense que se interessou por ela e a tirou da vida difícil. Paulo começou a namorar Lória e resolveu levá-la para Porto Alegre, onde deu à menina (que devia ter uns 20-e-poucos anos na época) um apartamento, um carro e uma vida de princesa. Não! Princesa o caramba! Uma vida de dondoca mesmo. Lória não trabalhava, fazia cursinho, academia, drenagem linfática, compras no shopping, tudo às custas do generoso Paulo, que ainda dava uma gorda mesada e pagou uma lipo para a mocinha.
Lória fazia, como eu disse antes, cursinho pré-vestibular. Incentivada por Paulo, ela tentou o vestibular para Enfermagem na ULBRA. O interessante é que na redação, cujo tema lhe pareceu um tanto complexo, Lória se limitou a redigir uma frase: "Ai meu Deus. Por que é tão difícil passar no vestibular?" Pasmem: ela passou. (Era na ULBRA né... hahaha)
Bom, mas até agora está tudo lindo nessa história. Onde tá a parte do Nelson Rodrigues?
Acontece que Paulo, esse anjo que apareceu na vida de Lória e lhe deu toda uma perspectiva de futuro, era um cara com mais de 30 anos, casado e pai de dois filhos. E eu lembro que, segundo minha prima, a esposa do cara era linda. Uma mulher daquelas com M maiúsculo, sabe? Daquelas que, mesmo depois de mãe de dois filhos ainda fazia muito garotão adolescente babar.
Então por que Paulo, tendo uma mulher dessas em casa, precisaria recorrer a uma namoradinha? Lória até que era bonitinha, mas conforme o que eu ouvi, ela não chegava nem aos pés da titular. Só que a questão era a seguinte: a esposa de Paulo não devia ser muito adepta daquele tipo de sexo ao qual poucas mulheres são adeptas. Sabe? Aquele da "porta dos fundos"... E era isso aí que Paulo queria de Lória, e que ela fornecia sem reclamar, afinal era apaixonada pelo cara, embora questionasse que a "porta da frente" já não estava sendo visitada há meses.
Só que a burrice do ser humano parece não ter limites e é claro que Lória não poderia ser diferente, não é? Vamos recapitular; a moça tinha tudo: carro, apartamento, faculdade paga, academia, mesada, vida de madame e só o que precisava fazer era dividir Paulo com a "oficial" e, bem, dar a "ala sul". Isso não parecia o bastante para Lória. Ela até conheceu um amigo da minha prima e começou a se envolver com ele, que deve ter dado conta da "ala norte" sem problemas, mas a moça queria mesmo era o Paulo. Ela podia simplesmente abusar da boa-vontade do empresário e se formar na faculdade, arrumar um bom emprego, começar a andar com as próprias pernas e não depender mais de Paulo, nem de João, nem de Pedro, nem Matheus nem ninguém pra se manter aqui em Porto Alegre, mas não... A situação de ter que dividir Paulo com "aquela lá" a incomodava profundamente, pois ela nunca tinha o namorado nos fins de semana ou feriados, que dirá em datas especiais, como Páscoa, Natal, etc.
Sabe como é a pessoa apaixonada... Nunca vê as coisas concretas que estão à sua frente e sempre arruina o que tem por algo muito, MUITO menor. E Lória não fez diferente. Tratou de descobrir o endereço da casa de praia de Paulo em Atlântida e foi lá, num feriado que ele passava junto da familia. Armou barraco, tentou "roubar" ele da família e acabou ganhando uma passagem só de ida pro Ceará, sem carro, sem apartamento, sem faculdade, sem academia, sem dinheiro, sem nada.
Sinceramente, o que ela esperava? Que ele abandonasse a familia para ficar com a menina que ele mantinha apenas pelo propósito de inserir o pênis onde a esposa dele não devia deixar? Ele a mantinha porque podia manter, porque tinha grana para manter. Tudo bem que ele devia contar aquela velha história de que o casamento dele ia mal, que ele pensava em se divorciar, mas estava relutante por causa das crianças e blablablá. Eu pensei que esse discurso já tivesse sido desmistificado pelas novelas da Globo, que emburrecem o povão, mas sempre ensinam uma coisinha ou outra. Porém, aparentemente esse papo ainda cola.

São histórias como essa que me fazem levantar as mãos para o céu por ter nascido inteligente. E olha que eu nem sou religioso...

3 comentários:

Honey disse...

Às vezes sinto-me deveras Lória, ta na hora de fazer cursinho!!

Quem sabe eu nao passo na RealSchule???


Nah.... DOnt think so....

Anônimo disse...

burro mesmo é esse paulo ae!

que cu caro q ele arrumou, heim?

Carolzinha. disse...

uhauhauhhuauhahua...
viu, cearense...
precisa dizer mais alguma coisa?
bã.


bjos